
Los Hermanos olhavam admirados, os motor homes, daquele tamanho, passando nas estradas e nas cidades.

Nossa casa rodante tinha o conforto necessário para atravessar a América Latina, nos corríamos, de janela em janela, para admirar a paisagem.
A Cordilheira dos Andes superou tudo que eu havia imaginado. A natureza domada pelos primeiros habitantes dos Andes, os Incas, que enfrentaram a aridez do deserto no verão e as altas camadas de neve no inverno, cobrindo de branco as montanhas.
Os picos com neve perene para serem admirados e qualquer estação do ano.
O ar rarefeito das alturas nos dificultou a respiração, secou nossas bocas, mais nossos olhos se arregalaram para ver o precipício lá em baixo.
Serpenteávamos a estrada na subida em um zigue-zague lento e sem fim. Só o encantamento com a paisagem, nos fazia esquecer o desconforto do ar rarefeito dos Andes.
Agora, a realidade da Cordilheira dos Andes faz parte da minha vida, daquilo que eu posso dizer que senti, e que eu vivi.

Venci o medo, a tontura, a boca seca. Pude apreciar a grandiosidade do povo dos Andes, a capacidade de abrir caminhos, para atravessar a cadeia de montanhas intransponíveis, até o oceano.
Poder alargar os horizontes, encontrar um oceano batizado de Pacifico, com suas águas geladas, um por do sol magnifico em uma única praia naturista, chamada Playa Luna no Chile.
Esse foi o destino da nossa caravana, logo após fazer a travessia dos Andes.