Um dos brindes, entregues aos dirigentes naturistas, presentes no III ELAN, foi elaborado por uma artesã, naturista, voluntária na organização do evento e minha amiga.

Achei linda a vela, representativa do encontro. Comentei com ela que tinha ficado “babando” por uma vela daquelas.

Ela sugeriu então, que eu fosse conhecer a fabrica de velas. Poderia assisti-la, esculpindo ao vivo, uma daquelas só para mim.

Eu, realmente fui a Gramado no domingo, final do evento, acompanhando uns amigos de Brasília e do Paraná.

Combinei com ela na segunda-feira, no final da manhã, para fazermos a visita na fábrica Flâmmi, que fica na cidade vizinha de Canela.

Assistimos encantados a elegância da artesã, na prática do seu oficio.

Ali na frente de nossos olhos, estava sendo esculpida, uma vela comemorativa do III ELAN.

Ela ensina o passo-a-passo, no processo, da criação de velas. A artesã nos conta, que assistiu a uma mesma demonstração, nos USA. Ficou sabendo que o curso de fabricação de velas, só era ministrado para quem fosse montar um negócio naquele país, com um custo, em dólar, proibitivo. Tornou-se autodidata.

Ela dedicou boa parte, de sua vida, ao “Mundo das Velas”, é a única no Brasil a dominar esta técnica de criação. Isso requer do artesão: destreza, sensibilidade e muita criatividade. São necessários braços fortes para manusear, em poucos minutos, os banhos de parafina. Que somam a cinqüenta, para poder esculpir uma única peça.

Foi um show, assistir à amiga. Ela nos enriqueceu, com sua técnica aprimorada, nos dando uma verdadeira aula.

Saímos certos, de que a beleza da criação, está na dedicação, no detalhe e no refinamento dos gestos da artista.

O que mais me deu satisfação foi ter a criação em minhas mãos.