Desde que cheguei à praia de Tambaba, e fui documentar o campeonato de surf, me chamou a atenção a adesão dos jovens na prática do surf nu.

Um deles se consagrou campeão na quarta edição do campeonato, em 11 de setembro.

O jovem pisa na areia do pódio do surf pela segunda vez para levantar seu troféu: a prancha.

É seu bicampeonato no Tambaba Open de Surf Naturista, realizado anualmente, e único do gênero do mundo.

Fui acompanhar neste sábado, 23 de setembro, o treinamento dele junto a outros surfistas. O cara é fera!

À tardinha, nos reunimos na Pousada e Restaurante A Arca do Bilú, onde eu estava hospedada, neste final de semana.

Como eu já imaginava ele é um garoto simples, que estava à toa na vida, aprontando, como todo adolescente rebelde. Faz amizade com o filho do dono da pousada e começa a dar um outro rumo à sua vida.

Aprende com o amigo a surfar, descola o emprego de garçom, ali mesmo na pousada, pertinho do mar, que ele considera sua segunda casa.

Inicia no surf nas praias da Arapuca e Coqueirinho. Tem o convite para surfar nas ondas fortes de Tambaba, antes, como ele mesmo diz: seria necessário vencer a timidez, a vergonha de ficar nu na frente de todo mundo da praia.

Topou o desafio e foi experimentar como era sentir na pele as emoções fortes: das ondas e da nudez em cima de uma prancha.

Depois de domar a timidez, domou as ondas e se consagrou, pela segunda vez, campeão.

Ainda tem muita coisa para vencer e conquistar. Primeiro: a falta de patrocínio para o esporte do surf.

Segundo: os tombos que as ondas e a vida continuam dando em quem não consegue se equilibrar e centrar no objetivo  de ficar o maior tempo possível na crista da onda.