A família Macuxi fez suas trouxas e se mudou para a beira do rio, foi mais para perto do mar.

Lá encontrei o Julíndio bastante motivado organizando o território para receber os naturistas.
Cavando com as próprias mãos, usando pá e enxada, fez um tanque para um banho de cuia.
Um local no meio do mato, com nascente de água límpida e fresca, capaz de matar a sede e o calor, em um ritual purificador, do corpo.
Fomos caminhando ao seu lado para ver a ilha, que o riacho em seu tortuoso caminho, serpenteou antes de descer para o rio.
É a abundância de água que faz a riqueza deste lugar, com muitas árvores de frutas pelo caminho.
Ele nos indica o espaço reservado para a construção das ocas para receber as pessoas que tem espirito aventureiro e, não se importam de abrir mão do conforto.
Para experimentar outro tipo de vida igualmente rica: de comer fruta no pé, nadar no rio, caminhar nas trilhas e descer o rio de barco.
Fizemos o passeio no rio em canoas de fibras, conhecidas por caiaque, semelhantes às feitas de troncos de árvores usadas pelos índios.
Muita adrenalina, encalhada no meio dos igarapés, fazendo força com os remos para sair dali, imaginei a selva, claro, sem os jacarés, eu descendo o rio para o encontro com o mar.
Ele esta disposto a implantar a ideia de um turismo indígena, recriando em terras da Paraíba um Território Macuxi, que pretende resgatar os valores do respeito à natureza cuja, grandiosidade e luxo ficam por conta da exuberância daquela terra.
Em breve teremos acesso à nova terra, desta família, que por opção vive como os índios. Recebem de braços abertos quem chega, com muito acolhimento, em sua oca sem portas e janelas.